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Libido Feminina: muito além do sexo

  • Foto do escritor: Rita de Cássia Figueiredo
    Rita de Cássia Figueiredo
  • 18 de set.
  • 5 min de leitura

Quando falamos em libido feminina, muitas pessoas ainda pensam apenas em desejo sexual, naquela vontade que vem de ter sexo. Porém, a libido feminina é muito mais ampla, profunda e complexa. Ela não está ligada apenas a um impulso sexual, mas também à psique, às emoções, à forma como a mulher se relaciona consigo e com tudo ao seu redor. Ou seja, a libido feminina está em todas as áreas da vida! 


Talvez, nesse momento, você possa estar um pouco perdida: mas, como assim Rita, minha libido está em todas as áreas? O desejo ele nada mais é que uma das expressões da Energia Sexual, que impulsiona nossa existência. Portanto, é claro que ela vai abranger inúmeras situações cotidianas que vão além da cama. 


Entender a libido feminina é essencial para a mulher que busca abrir as portas para uma vida íntima mais saudável, prazerosa e consciente. É também uma forma de resgatar a vitalidade, a autoconfiança e a conexão com a própria essência.


Por essa razão, nesse artigo, você vai descobrir o que realmente influência a libido, como fatores emocionais e culturais impactam a sexualidade da mulher, quais são os principais bloqueios que afetam o prazer e, principalmente, caminhos práticos para nutrir e expandir sua energia sexual.


Então, continue a leitura até o fim!


O que é libido feminina?


Historicamente, a libido foi estudada principalmente pelos homens, o que gerou interpretações limitadas e muitas vezes distorcidas. Freud, um dos primeiros a falar sobre o tema, descreveu a libido como uma energia psíquica ligada ao instinto sexual. Mais tarde, Wilhelm Reich trouxe uma visão diferente, defendendo que a energia sexual circula por todo o corpo e não se restringe aos órgãos genitais.


O modelo de Freud, restringe a influência do desejo feminino em outras áreas da vida, enquanto o de Reich é mais abrangente. Mas, ainda assim, não soa completo quando olhamos para a intimidade feminina. 


Hoje, sabemos que a libido feminina é um fenômeno multidimensional. Ela envolve corpo, mente, emoções e até aspectos espirituais. Não pode ser reduzida apenas a níveis hormonais ou ao ato físico do sexo.


A médica e pesquisadora Rosemary Basson, referência mundial em medicina sexual, desenvolveu um modelo circular da sexualidade feminina. Segundo ela, o desejo não precisa vir antes da excitação, como acontece com os homens. Para as mulheres, o desejo pode surgir durante o contato, em resposta a fatores emocionais, de segurança e intimidade. Isso mostra o quanto a libido feminina está conectada ao contexto, ao vínculo emocional e à sensação de bem-estar.


Em outras palavras: a libido da mulher não é apenas uma “faísca” biológica que pede sexo, mas um processo que depende de harmonia entre corpo e psique e que impulsiona toda a vida.


Autoimagem e prazer: o corpo como portal

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Um dos fatores mais poderosos para a expressão da libido feminina é a forma como a mulher enxerga a si e ao seu corpo.  Diante disso, a autoimagem pode ser um portal para o prazer. Mas, quando negativa, torna-se uma barreira silenciosa que afasta a mulher da sua orgasmicidade. 


Em uma sociedade que valoriza padrões irreais de beleza, muitas mulheres se sentem constantemente inadequadas. O Brasil, por exemplo, é um dos países líderes mundiais em cirurgias plásticas estéticas. Esse dado revela o quanto a insatisfação corporal atinge diretamente a autoestima, inclusive no campo sexual.


Durante a intimidade, quando estamos mais vulneráveis, a insegurança com o corpo pode se tornar paralisante. Uma barriga saliente, as estrias, cicatrizes ou qualquer detalhe que fuja ao padrão imposto pela mídia podem ocupar tanto espaço mental que impedem a mulher de se entregar ao prazer.


Muitas acabam priorizando a performance, fingindo orgasmos ou tentando agradar o parceiro, em vez de focar nas próprias sensações. É um ciclo de frustração que mina a libido e enfraquece a conexão íntima.


Por isso, trabalhar a aceitação do corpo e ressignificar a própria imagem são passos fundamentais para uma sexualidade plena, trabalho realizado logo no começo da Jornada na Terapia Sexual Holística, porque quando a mulher aprende a se olhar com amor, o prazer deixa de ser bloqueado pela insegurança e passa a fluir com naturalidade.


Estresse: o grande vilão invisível


Outro grande inimigo da libido feminina é o estresse. Em um mundo acelerado, onde mulheres acumulam múltiplos papéis — profissionais, mães, esposas, cuidadoras —, o estresse se tornou uma presença quase constante. Mesmo quando incapaz de identificar.


Do ponto de vista fisiológico, o estresse ativa o chamado eixo HPA (hipotálamo, hipófise e adrenal). Esse sistema dispara a produção de cortisol, o hormônio do estresse, que em excesso pode desligar completamente a libido.


Além disso, o estresse prejudica o sono, interfere nos hormônios sexuais, aumenta a tensão muscular e mina a disposição. O corpo passa a viver em estado de alerta, e não há espaço para relaxamento, entrega ou prazer.


Aprender a regular o estresse e lembrar o corpo que existem espaços de relaxamento é essencial para regular o desejo.


Aspectos hormonais, biológicos e medicamentosos também podem intervir


É verdade que os hormônios têm influência na libido, mas não são os únicos responsáveis. A pílula anticoncepcional, por exemplo, pode reduzir o desejo e até dificultar o orgasmo. Medicações psiquiátricas também podem interferir no prazer.


Além disso, fases da vida como a menopausa trazem mudanças hormonais que impactam a sexualidade. Porém, reduzir a libido feminina apenas a uma questão hormonal é um equívoco. O desejo é influenciado também pelo humor, pelo bem-estar, pela qualidade dos relacionamentos e até pelo estilo de vida.


Muitas vezes, basta uma nova experiência afetiva ou um reencontro com o próprio corpo para que a libido seja resgatada naturalmente, sem que haja qualquer mudança hormonal significativa.


E aí entramos em um novo aspecto que também impacta a libido feminina: os relacionamentos. 


Relacionamentos x Libido


Sentir desejo também está diretamente ligado à qualidade do vínculo emocional. Uma relação marcada por respeito, afeto e segurança é terreno fértil para o despertar da libido.


Por outro lado, relações desgastadas, cheias de críticas, desconfiança ou falta de atenção minam a energia sexual. Nesse contexto, a intimidade deixa de ser prazerosa e pode até se tornar motivo de ansiedade ou evitamento.


É por isso que o modelo de Basson enfatiza tanto o contexto relacional: a sexualidade feminina floresce quando há conexão afetiva. Isso não significa que a mulher não possa sentir desejo espontâneo, mas que a dimensão emocional é um pilar importante para que a libido se mantenha viva.


Caminhos para nutrir sua libido

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A boa notícia é que a libido pode ser nutrida, expandida e fortalecida com alguns caminhos práticos. Na Terapia Sexual Holística contamos com práticas diárias e totalmente personalizáveis para a rotina de cada mulher atendida que proporciona:


  • Autoaceitação – Olhar para o corpo com mais gentileza. Em vez de focar no que gostaria de mudar, valorizando o que ele já proporciona.

  • Rotinas de prazer – Ajudar a cliente a inserir o prazer em sua rotina, com práticas simples e aplicáveis

  • Gerenciamento do estresse – Fornece ferramentas para que a cliente aprenda a regular seu sistema nervoso, diminuindo o estresse crônico.

  • Conexão emocional – Ajuda a cliente a falar, dialogar e a se posicionar dentro da intimidade, melhorando a relação como um todo.

  • Espiritualidade e energia – A TSH possui embasamento de Tradições como o Tantra e o Taoísmo, onde a energia sexual é também energia vital. Por isso, é através dessa abordagem terapêutica é possível cultivar práticas de conexão espiritual pode potencializar a libido.


Ou seja….


A libido feminina não é apenas um impulso físico, nem um resultado direto de hormônios. Ela é uma expressão da integração entre corpo, mente, emoções e espírito. Está ligada à forma como a mulher se sente em relação ao próprio corpo, à qualidade dos vínculos que constrói, à maneira como lida com o estresse e até ao estilo de vida que adota.


Ao compreender esses aspectos, a mulher pode transformar a relação com a própria sexualidade, resgatar o prazer e viver sua intimidade de forma mais plena e consciente.


👉 Se você deseja se aprofundar e aprender práticas que ajudam a expandir sua energia sexual, acompanhe o blog! Aqui, você pode ter acesso a tudo sobre sexualidade feminina, sem tabu!


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